Desde 1972 a pintora Diana Danon documenta o andamento das obras do Metrô de São Paulo através de suas aquarelas. Suas pinceladas registraram da construção do primeiro trecho da Linha 1-Azul (na época chamada de Norte/Sul), ao andamento das modernas instalações da Linha 4-Amarela.
Os 40 anos de pintura, completados em 20 de janeiro, são motivo de orgulho para a artista, que considera este seu maior trabalho. "Graças a Deus estou a 40 anos documentando algo tão importante para nossa cidade", comemora.
"Esse sentimento humano é o que norteia o meu trabalho", ressalta Diana, que agradece "os operários, engenheiros, presidentes do Metrô, que todos esses anos me abraçaram com muito carinho".
Durante o processo de pintura, Diana Danon testemunhou as mudanças da sociedade paulistana. "Hoje é comum ver mulher em obra. Nas obras do metrô tem engenheiras, técnicas… Quando eu comecei não tinha mulher na obra", lembra.
Além das obras de expansão da rede, Diana também retratou a fabricação dos primeiros trens do sistema, a chegada de equipamentos no Porto de Santos, a inauguração da primeira linha de metrô e o "treinamento da população", período de testes em que os usuários puderam se familiarizar com as tecnologias do sistema, na época desconhecidas do cidadão comum.
Além de pintar, Diana Danon escreve sobre suas experiências em pintura metroviária. No sitewww.metro.sp.gov.brela comenta as aquarelas que retratam a expansão das linhas 2-Verde, 4-Amarela e 5-Lilás. Já em seu livro Andanças ela documenta, sob a forma de diário, curiosidades por trás dos diversos desenhos e pinturas que fez em sua carreira.
