Com a correria do dia-a-dia, passageiros do Metrô acabam esquecendo nos trens e estações livros, cadernos, óculos, aparelhos celulares, guarda-chuvas, documentos e, em alguns casos, objetos bastante inusitados como dentadura, muletas e até um colchão de casal.
Nestes primeiros meses de 2014, muita gente já perdeu coisas no Metrô. No ranking das 10 estações com mais pertences esquecidos estão: Sé, Palmeiras-Barra Funda, Jabaquara, República, Corinthians-Itaquera, Tatuapé, Paraíso, Anhangabaú e Tucuruvi.
Para auxiliar os usuários mais esquecidos a encontrarem seus pertences, existe uma Central de Achados e Perdidos do Metrô, na estação Sé. Criada em 15 de junho de 1975, o serviço já se tornou um símbolo de confiabilidade na capital paulista. Nesses primeiros meses de 2014, foram entregues à Central mais de 11 mil itens e devolvidos – aproximadamente – 3 mil. O total de consultas já chegou a 20 mil, o que representa uma média de 333 consultas por dia.
De tudo o que é recebido, 59% são documentos e 41% são itens diversos. Os objetos mais encontrados nos trens e estações são artigos de papelaria, como livros, cadernos, agendas e canetas.
No ano passado
Durante todo o ano de 2013, foram recebidos 84 mil itens. Destes, foram devolvidos aos seus donos mais de 24 mil. Ou seja, 29% de tudo o que foi perdido foi recuperado por seus proprietários.
Os documentos pessoais foram os itens mais esquecidos, com 20.500 unidades. Os objetos, em geral, somaram 63.400 unidades. Além de pertences, são inúmeros os usuários e empregados que encontram valores em dinheiro e entregam à Central de Achados e Perdidos. Em 2013, esses valores somaram R$ 23.200.
Para aumentar o índice de objetos encontrados, desde 2007, a Central de Achados e Perdidos conta com um sistema informatizado que dá mais agilidade ao serviço, permitindo que o item esquecido seja rastreado a partir de qualquer estação. O Metrô recomenda aos usuários que fiquem atentos às bolsas e objetos que estão sendo transportados e que chequem seus pertences antes do desembarque. É importante também que os objetos tenham algum tipo de identificação. Isso facilitará a localização do proprietário e sua devolução pela Central de Achados e Perdidos.
Fatos pitorescos
Histórias curiosas não faltam na Central de Achados e Perdidos do Metrô. Já deixaram, por exemplo, álbum de casamento em um dos trens, mas a recordação foi recuperada. Outro caso é de um senhor que esteve procurando uma bolsa na qual estava a sua dentadura. Após minuciosa descrição, a bolsa foi localizada nos Achados e Perdidos e entregue. Dentre os objetos inusitados podem ser citados cadeiras de rodas, carrinhos de supermercado, muletas, bicicletas e próteses dentárias.
Quem procura acha
As consultas de documentos e objetos identificados podem ser realizadas na Central de Informações do Metrô pelo telefone 0800 770 7722, todos os dias, das 5h30 às 23h30.O atendimento pessoal é feito na estação Sé, de segunda a sexta-feira, exceto feriados, das 7 às 20 horas.
Os objetos e documentos encontrados na rede metroviária são armazenados por 60 dias. Após esse período, são separados em novos e usados e enviados ao Fundo Social de Solidariedade do Estado de São Paulo. Já os documentos são enviados aos órgãos emissores.