Durante este mês de dezembro, estão sendo realizados testes com o trem no novo trecho
O Metrô realizou a primeira viagem de trem entre a estação Largo Treze e a futura estação Adolfo Pinheiro, da Linha 5-Lilás, na manhã desta quinta-feira (12/12). Acompanhado do secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, e do diretor-presidente do Metrô, Luiz Antonio Carvalho Pacheco, o governador Geraldo Alckmin percorreu o trecho de trem e vistoriou as obras.
A nova estação Adolfo Pinheiro, que está com 92% de sua obra civil concluída, será entregue em janeiro de 2014, em operação assistida (funcionamento gradual com dias e horários determinados, visando à montagem e o ajuste final dos equipamentos). Durante este mês de dezembro, estão sendo realizados testes com o trem no novo trecho.
Para as obras no trecho entre Largo Treze e Adolfo Pinheiro foram utilizados cerca de 41.000 metros cúbicos de concreto, o equivalente a duas vezes e meia a quantidade utilizada na construção da Arena Corinthians, em Itaquera. Também foram consumidas 4.200 toneladas de aço e retirados 194.000 metros cúbicos de terra. Na fase dos serviços de acabamento, 190 operários trabalham na obra.
Adolfo Pinheiro: moderna, acessível e sustentável
Com 24 metros de profundidade e cerca de 140 metros de comprimento, a estação Adolfo Pinheiro é sustentável. As coberturas metálicas dos acessos são de vidro, o que possibilita a entrada de luz e ventilação natural, proporcionando economia de energia.
A estação é totalmente acessível, com elevadores, rampas de acesso, sanitários exclusivos, piso tátil e comunicação em Braille. Na área externa, haverá intervenções no viário, com alargamento das calçadas e trabalho paisagístico.
Inicialmente, a futura estação Adolfo Pinheiro deverá receber 14 mil usuários por dia.
Vitrine arqueológica
A estação Adolfo Pinheiro terá uma instalação permanente com antigos trilhos de bonde que ligavam a região de Santo Amaro à Praça da Sé, entre 1913 e 1968. As peças foram descobertas durante as escavações para a obra, em junho de 2010, na região de Santo Amaro.
Foram selecionados 3 metros de via (trilhos, dormentes e suas fixações), que serão utilizados como "Vitrine Arqueológica" no interior da Estação Adolfo Pinheiro.
O material resgatado foi instalado em dois vãos situados bem próximos à linha de bloqueio no mezanino da estação, representando os dois sentidos: a ida e volta da antiga linha do bonde Santo Amaro – São Paulo.
A instalação da Vitrine terá um recurso cenográfico de espelhos, permitindo que o usuário veja a projeção da imagem dos trilhos de ambos os lados, provocando um instigante fundo infinito.
26 novos trens
A Linha 5-Lilás, que funciona atualmente entre Capão Redondo e Largo Treze com 8 trens, terá 26 novas composições acrescidas à frota.
O primeiro dos 26 trens já foi entregue. A iluminação interna dos novos trens será por luzes de led, mais eficientes, econômicas e duráveis em relação às lâmpadas convencionais. A nova frota vem com dispositivos que reduzem custos de manutenção e colaboram com o meio ambiente como, por exemplo, a utilização de baterias alcalinas e o uso de lubrificantes ecologicamente corretos, que reduzem o desgaste entre as rodas e os trilhos.
Os novos trens da Linha 5 terão salão contínuo, sem divisão entre os carros. Haverá um amplo corredor de passagem entre um vagão e outro, para que o passageiro se desloque livremente.
Prolongamento da Linha 5-Lilás
A Linha 5-Lilás terá 11,5 quilômetros de extensão, entre o Largo Treze, em Santo Amaro, e a Chácara Klabin. Ao todo serão 11 estações (Adolfo Pinheiro, Alto da Boa Vista, Borba Gato, Brooklin, Campo Belo, Eucaliptos, Moema, AACD-Servidor, Hospital São Paulo, Santa Cruz e Chácara Klabin). A previsão de demanda de passageiros para linha completa será de 771 mil por dia.
A Linha 5 terá papel fundamental no transporte coletivo da capital paulista, atendendo 3,5 milhões de habitantes nas regiões Sul e Sudoeste da cidade de São Paulo. Essa população terá acesso rápido a diversas regiões da cidade com transporte de qualidade. A linha completa possibilitará acesso às regiões do Jardim Ângela, Capão Redondo, Campo Limpo e Jardim São Luís ao centro de Santo Amaro, Campo Belo, Brooklin, Ibirapuera, Moema, Vila Clementino, Santa Cruz e Chácara Klabin, ligando áreas com grande oferta de empregos e de serviços, escolas, universidades, hospitais, clínicas e centros de lazer.
Três tatuzões são utilizados na obra
Pela primeira vez na história, o Metrô está utilizando três tatuzões, apelidos para o equipamento shield, para construir os túneis da Linha 5. Ao mesmo tempo em que escavam, os tatuzões instalam os anéis de revestimento de concreto, deixando os túneis totalmente prontos para a montagem dos trilhos, sistemas de alimentação elétrica, sinalização e telecomunicações. Esta será a primeira vez na história que São Paulo conta com três tatuzões operando simultaneamente em uma obra de Metrô.