A Secretaria de Estado dos Transportes Metropolitanos anunciou na tarde desta quarta-feira, 6/11, a concessionária Move São Paulo como vencedora da licitação no modelo de Parceria Pública Privada (PPP) para construção da Linha 6 de Metrô.
A Linha 6 se estenderá da Brasilândia, na zona norte de São Paulo, até a estação São Joaquim, na região central. Ao todo são 15,9 quilômetros, contando com pátio de manutenção, e 15 estações. A estimativa é atender 634 mil passageiros por dia. O percurso todo será feito em apenas 27 minutos.
A concessionária Move São Paulo é composta pelos grupos Odebrecht, Queiroz Galvão, UTC e pelo Fundo Eco Realty. O contrato deverá ser assinado até o final do ano e terá 25 anos de vigência, sendo seis para implantação da linha e 19 para operação e manutenção. A previsão de início das obras é 2014.
O valor do empreendimento é de R$ 9,6 bilhões, sendo que R$ 8,9 bilhões são divididos entre o Governo do Estado (50%) e a concessionária (50%). Os outros R$ 700 milhões são referentes às desapropriações que serão executadas pelo Estado. A concessionária vencedora apresentou a proposta de contraprestação anual de R$ 606.787.363,80, por 19 anos, valor menor do que o previsto no edital.
"A data de hoje é histórica para o processo de desenvolvimento da mobilidade urbana em São Paulo. Nossa estimativa é de que a Linha 6 seja entregue em cinco anos, porque há uma cláusula no contrato que prevê remuneração maior à concessionária em caso de antecipação da entrega. Existe esse incentivo financeiro que deve beneficiar a população", afirmou o secretário dos Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes.
A Linha 6 é a primeira PPP integral de metrô e será totalmente construída e operada pela iniciativa privada. A concessionária Move São Paulo também será responsável pela aquisição de sistemas, de equipamentos e trens. "A Linha 6 é uma grande inovação para São Paulo, que tem avançado nas parcerias público privadas. A próxima reunião do conselho das PPPs vai discutir mais quatro grandes projetos para o Estado, nas áreas de transportes, habitação e saúde", disse Julio Semeghini, secretário de Planejamento e Desenvolvimento de São Paulo.