Expansão da rede metroviária trará ainda mais benefícios para a população, economia e o meio ambiente
Dados do Balanço Social da Companhia do Metropolitano, referentes ao ano de 2012, mostram que o Metrô de São Paulo evitou que mais de 460 milhões de litros de combustível fóssil fossem consumidos com a operação das linhas. Esse índice é calculado pelo número de veículos movidos a combustíveis fósseis retirados das ruas graças ao Metrô, meio de transporte movido por energia elétrica que é utilizado por mais de 4 milhões de passageiros por dia. Convertendo esse número em valores, o poder público e a população gastariam R$ 968 milhões a mais, somente com combustível, caso não houvessem as quatro linhas operadas pelo Metrô (sem incluir a Linha 4-Amarela, concedida à iniciativa privada).
A existência da rede metroviária paulista traz benefícios para a população, a economia e o meio ambiente, que serão ampliados com a expansão em curso. Atualmente são quatro obras que totalizam 55,2 quilômetros de malha e 51 novas estações: a fase 2 da Linha 4 (entre Luz e Vila Sônia), a expansão da Linha 5 (Largo Treze – Chácara Klabin) e os monotrilhos da Linha 15 (Ipiranga – Hospital Tiradentes) e da Linha 17 (Jabaquara – Aeroporto de Congonhas – Morumbi).
O ganho econômico, contudo, vai muito além da economia no consumo de gasolina, diesel e gás natural. A redução na emissão de poluentes, a diminuição do tempo de deslocamento da população e a redução do custo operacional do ônibus e automóvel geram benefícios econômicos da ordem de R$ 7,2 bilhões anuais.
Os benefícios calculados são: a redução da emissão de poluentes, menor consumo de combustível por ônibus e automóveis, diminuição no tempo de viagens, redução de custo com acidentes de trânsito e redução do custo operacional de ônibus e automóveis, além dos gastos com a manutenção de vias.
Entre 2003 e 2012 – período pelo qual vem sendo realizado o estudo no Balanço Social, o Metrô de São Paulo acumulou R$ 66,6 bilhões em economias para o Poder Público. Todo esse dinheiro representa quantias que o Estado e a população deixaram de gastar graças à existência da rede metroviária paulista.
Dissertação aponta US$ 18 bilhões ao ano de economia para a saúde pública
Cacilda Bastos, coordenadora de sustentabilidade e econegócios da gerência de meio ambiente e sustentabilidade do Metrô, obteve o título de mestre, em 2009, com dissertação na qual estudou o impacto deste modal de transporte coletivo na saúde da população acima dos 60 anos.
Seu trabalho demonstrou que, graças ao Metrô, há uma redução de mais de 70% na concentração de partículas inaláveis na atmosfera dependendo das condições meteorológicas e, com isso, a população e o poder público deixa de gastar US$ 18 bilhões por ano, se considerarmos somente as mortes evitadas, decorrentes de doenças cardiovasculares e respiratórias, ocorridas na ausência da oferta do transporte sobre trilhos em 2003 e 2006, na faixa da população que já ultrapassou as seis décadas de vida. O montante tem como base o valor de vida estatística adotado pela OMS e pelo Banco Mundial.